O pastor da Igreja Deus é a Luz era temido até pelos milicianos |
O Pastor usava o seu templo, a Igreja Pentecostal Deus é a Luz, em Campo Grande, para comandar a organização que atuava em cinco bairros da zona oeste do Rio.
Em conjunto com o Ministério Público do Estado, na operação batizada de “Pandora 2”, a polícia prendeu preventivamente 13 pessoas acusadas de serem da Liga, incluindo o ex-PM Carlos Henrique Garcia Ramos, o Henrique, que dividia o comando da organização com o Pastor.
Todos foram denunciados (acusação formal) à Justiça pelo Ministério Público por formação de quadrilha, agiotagem e extorsão. A Liga emprestava dinheiro com a cobrança de juros de até 30% ao mês.
A organização explorava o transporte alternativo (em peruas) e máquinas caça-níqueis, vendia ilegalmente combustíveis e cobrava dos moradores uma “taxa de segurança”.
A brutalidade do Pastor era tanta, que até os integrantes da Liga tinham medo dele.
Em uma conversa gravada com ordem judicial, o miliciano e ex-PM José Luis Cordeiro Cavalcante da Silva, o Bolt, do núcleo de agiotagem, disse que tinha uma granada para se defender do Pastor, no caso de haver um desentendimento sério entre eles.
Na mesma conversa, o miliciano afirmou que temia que Pastor mandasse matar um devedor.
Fonte: Paulopes