segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A fé tem o seu lugar


A fé tem o seu papel. Tem o seu lugar. Quando a fé sai do seu lugar e deixa de exercer o seu papel, entrando em assuntos aos quais não lhe diz respeito, a razão é seriamente ameaçada. E fé sem razão é fanatismo.

O Deus (Ou os Deuses) tem sua influência, mas esta não pode suplantar a Razão. É por causa da Razão que somos seres Racionais. Tirando a Razão, o ser humano é apenas mais uma fera, guiado por seus instintos mais primitivos de fúria, cobiça, medo e desejo.

Razão é pensamento. É analisar se tal coisa é boa ou ruim para nossa vida. Sem a Razão, a Sociedade mergulha no caos, extinguindo-se em pouco tempo.

Mas, infelizmente, as pessoas andam dando à fé as funções que deveriam ser exercidas pela Razão. A definição de certo e errado, de bem e de mal, que deveria estar a cargo da Razão, a partir da Ética, é usurpada e jogada a cargo da fé.

Ou seja, em vez de consultar a Razão pra definir o certo e o errado, ou a Ética para traçar o que é bom ou mau, as pessoas usam unicamente a sua fé. Seus textos religiosos, e as diversas interpretações desses textos, acabam por substituir a Ética e a Razão na definição Certo/Errado ou Bem/Mal.

E são as definições do bem e do mal, do certo e do errado, que ditam o que devemos – Ou não – fazer. E, dado o número crescente de novas religiões, variantes, dissidências e reinterpretações, os conceitos Certo/Errado e Bem/Mal variam conforme o lugar onde tal fé predomina. Religiões condenam certas coisas naturais ao ser humano, e algumas dessas proibições chegam a ser até absurdas. Religiões hindus proíbem consumo de carne de vaca, e o islã proíbe o consumo de carne de porco. Leis tribais tentam se impor em sociedades modernas, leis essas ditadas pelo poder religioso, cada vez mais crescente. E o pior, as leis religiosas não mudam com o tempo. São anacrônicas, não levando em conta coisas tais como evolução, avanços tecnológicos ou mesmo culturas alheias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário