sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Arábia Saudita: Onde ainda se matam bruxas em nome de Deus.

Uma mulher, condenada à morte por bruxaria, foi decapitada nesta segunda-feira, anunciou o ministério saudita do Interior em um comunicado, citado pela agência oficial SPA.
Amina bent Abdelhalim Nassar foi executada na província de Jawf (norte).
A prática de bruxaria é estritamente proibida pelo Islã.
Esta decapitação eleva a 73 o número de execuções na Arábia Saudita desde o mês de janeiro.
O estupro, o homicídio, a apostasia (Abandono da religião), o roubo a mão armada e o tráfico de drogas são passíveis de pena capital na Arábia Saudita, que aplica estritamente a sharia (lei islâmica).

A praga da "santa" Inquisição ainda existe na Arábia Saudita, e pelo visto perdurará por um bom tempo.
Tal ditadura já teria perdido a coroa há décadas, não fosse o país aliado político-militar e principal fornecedor de petróleo para os EUA. Ou seja, a Arábia é a mão que alimenta o maior dos cães de guerra.

A sharia é desumana, e a seita Wahab, de cunho sunita, que domina a Arábia Saudita, é a mais intolerante de todas as vertentes islâmicas. Uma espécie de Igreja Universal misturada com TFP e Opus-Dei (Ambas vertentes católicas radicais). No meu artigo anterior, comentei sobre os punks presos na Indonésia, pois na Arábia Saudita eles perderiam suas cabeças, pois o punk é tido como alguém que abandonou sua religião, e abandono da religião é condenável com pena de morte por lá.

Outros casos de lugares onde se cometem crueldades em nome da religião existem em todo o mundo, mas a Arábia Saudita é um caso à parte, pois as crueldades são institucionalizadas, e eles são apoiados pela máquina de Guerra que compra seu petróleo. Ou seja, não há o que fazer contra as atrocidades que partem de Riyadh. Só lamentar. E torcer para que a Arábia Saudita seja um exemplo claro para o povo não só do Brasil, mas de todo o mundo, da merda que dá unir religião e Estado.

Que Deus receba a alma de Amina bent Abdelhalim Nassar em glória no Paraíso, dando a ela um lugar entre os mártires.

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