A Justiça determinou no dia 23 o fim dos cultos na sede da Igreja Mundial do Poder de Deus localizada no Brás, região central de São Paulo.
A Falta de segurança e de alvará definitivo, obstrução ao trânsito e superlotação estão entre as irregularidades cometidas no templo, segundo a juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública.
A decisão atende a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual (MPE), a pedido de um grupo de moradores vizinhos do templo. No processo, a vizinhança também acusa a prefeitura de ignorar as denúncias de desrespeito à lei do silêncio e de lotação acima de 8.040 pessoas.
A garagem do prédio é obstruída por ônibus de caravana, com os camelôs nas calçadas e com gente amontoada na igreja.
Aos domingos, as caravanas de todo o País começam a chegar ao Brás ainda de madrugada para o culto das 9 horas, cerca de 15 mil pessoas lotam o antigo galpão, de 110 mil metros quadrados, conforme relato feito aos promotores.
Uma câmera digital foi o principal instrumento dos moradores do Condomínio Fontana Liri para obter a liminar que determinou o fechamento da Igreja Mundial do Poder de Deus no Brás.
Foram 31 horas de filmagens e 212 fotos com imagens que retrataram um templo sempre superlotado, com as saídas de emergências obstruídas e ausência de fiscalização nos dias de cultos.
Os vizinhos do templo resolveram mobilizar-se contra a Igreja Mundial após uma tentativa de socorro esbarrar no trânsito da Rua Carneiro Leão. Niob de Lourdes Fonseca, de 57 anos, morreu no dia 7 de setembro de 2008, meia hora após se engasgar com um pedaço de pernil.