sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Toda religião é um vício

Toda religião é um veneno. Afinal, por causa dela, se mata e se morre, se aceita os maiores absurdos e se renega as verdades incontestáveis. Pelo poder religioso, pessoas fazem aquilo que nunca seriam capazes de fazer em pleno exercício de suas faculdades mentais como, por exemplo, se deixarem pregar em cruzes, como nas Filipinas, autoflagelar-se, como em muitas “festas” católicas Brasil afora, ou darem tudo o que têm (e até o que não têm!) para sua igreja, como nas mais “modernas” igrejas “evangélicas”.

Mas, se a religião é tão perigosa, por que raios tantas pessoas se apóiam no poder religioso? Por que os templos vivem lotados de pessoas?

Por uma razão plausível: Vício.

O álcool é um veneno, que mata se consumido em excesso, mas isso não impede o pinguço de tomar “mais uma saideira”. O cigarro, então, é um veneno pior ainda, com suas substâncias químicas e venenos reais (Mais de 4500 substâncias tóxicas, como está bem avisado no maço), mas isso não impede quem fuma de soltar suas baforadas, afinal, essa é a função da nicotina: Viciar. E quanto às drogas ilícitas, então? Mata-se para pegar dinheiro pra comprar mais um baseado, cheirar mais uma carreira, ou fumar mais uma pedra. O principal problema do poder religioso é que ele é considerado bom, embora a História tenha nos provado muito bem que é o contrário. Joana D’Arc, heroína francesa, que o diga!

As religiões, principalmente, os ramos fundamentalistas, usam das mesmas táticas usadas pelo álcool e pelas drogas para viciar: Sensação de prazer, alteração da consciência, sensação de poder dada ao fiel, etc. E lógico, com tudo isso, vem o custo: Dízimos, ofertas, badulaques do poder diversos. E cada vez, exige-se mais: Os mais viciados chegam a vender tudo o que têm para dar dinheiro as autoridades religiosas, em troca de bênçãos, graça, ou mesmo um “terreninho no Céu”. E no final, o que resta? Desgraça. Miséria. Morte. Como ocorre com todo viciado.

Toda religião é uma mitologia. Compare Cristo com outros “deuses solares”, como Mitra, Dionísio, Krishna, Hórus, ou vá ao Antigo Testamento mesmo e compare com um certo Josué. Tudo a mesma coisa, só mudam os nomes e os lugares. E, se toda religião é uma mitologia, por que ficar atrelado a uma mitologia historicamente bárbara e intolerante, como a judaico-cristã, se temos dezenas de outras, como a indiana, a persa, a greco-romana, a egípcia, a nórdica, a céltica, a chinesa, a japonesa? Afinal, se for pra viciar-se, então por favor, viciemo-nos em algo mais light, que não tenha tanto efeito colateral.

Outra prova de que religião é um vício: Quem sai ganhando com o vício em cigarro são as companhias que fabricam cigarros; quem sai ganhando com o vício em álcool são os alambiques e demais fabricantes de bebidas alcoólicas; quem sai ganhando com o vício em drogas são os traficantes (Até mais que os produtores). E quem sai ganhando com o vício religioso? São os sacerdotes! Tirando algumas raríssimas exceções (que não vou mencionar aqui pra não ser chamado de tendencioso), todo o dinheiro do dízimo, das ofertas, dos “desafios”, e da venda dos badulaques do poder (Óleo Ungido, Areia de Israel, Água do Rio Jordão, Pedra de Davi, etc...) vai para o sacerdote (Padre, pastor, reverendo, diabo-a-4) ou, no máximo, é dividido com a “franquia” (Sim, certos templos possuem franquias, como no Mc Donald’s!). Nem corrente ou pirâmide dá tanta grana!

E, assim como os outros viciados, o viciado na fé não é capaz de reconhecer que está passando dos limites. Pra ele, vender o carro (Que lutou tanto pra pagar as trocentas prestações) para dar todo o dinheiro para a “Igreja” é absolutamente normal! Queimar recordações do passado, como fotos de parentes mortos, porque seu sacerdote falou que eram coisas do Diabo, então, é trivial, “todo mundo faz isso!” Até a casa pode ser passada nos cobres pra todo o dinheiro ser mandado pra “Igreja” pra cumprir um “desafio” lançado pelo sacerdote! E, se bobear, é capaz de pegar numa arma e matar o vizinho que está tentando “desencaminhá-lo” da fé!

E, como em todo vício, aparecem as versões mais barra-pesada dos produtos oferecidos: Cigarros extra-fortes, bebidas com maior porcentagem de álcool, drogas mais pesadas, e seitas mais fundamentalistas, intolerantes e conservadoras. Por exemplo, certas igrejas neo-pentecostais não dá pra saber se são protestantes ou neo-judaicas, de tantos termos hebraicos falados e proferidos, tantas citações ao Antigo Testamento, tantas estrelas de Davi e Menorás (Aqueles candelabros de sete velas) desenhados em suas paredes, tantas bandeiras de Israel desenhadas ou mesmo hasteadas. Só falta o kipá na cabeça e tocar o chifre de carneiro. Do outro lado, há um tal de “Judaísmo Messiânico”, que é uma seita baseada no Judaísmo, mas que prega a adoração a um certo Yeshua, que não é nada mais que o nosso velho conhecido nazareno. É como se misturassem maconha com haxixe ou cocaína com heroína, ou então, cachaça com perfume ou cigarro com bosta de cavalo. Todo mundo sabe o estrago que causa uma versão mais barra-pesada de um certo vício. O cachaceiro sente no fígado, o chaminé sente no pulmão, o noiado sente no cérebro (E em outras partes do corpo, dependendo da droga), mas o fiel, ah coitado, esse não sente o estrago que uma seita barra-pesada causa no psicológico, a menos que se mate.

E não tô falando só dos cristãos, não! Afinal, intolerância religiosa existe em todas as religiões, que o digam os muçulmanos e seus grupos extremistas! Enquanto houver religião, haverá intolerância. Ou vocês já viram ateus perseguindo religiosos, querendo que eles larguem suas crenças? Se bem que é isso exatamente o que está faltando. Um “Fanáticos Religiosos Anônimos”. Uma associação que possa ajudar a pessoa a se livrar do vício.

(E bota associação! Tem pra alcoólicos, narcóticos, fumantes, jogadores e até dependentes de sexo! Por que não uma para religiosos?)

O povo precisa se conscientizar dos perigos que o excesso de fé pode causar nas pessoas. Perigos para o fiel e para os que estão perto dele. Já ouviu falar da expressão “Jesus Freaks”? Os “Malucos de Jesus” (Tradução literal) são capazes de fazer o possível e o impossível para provar a sua fé. Matar, por exemplo. E você não gostaria de saber que teu vizinho, ou tua vizinha, é um(a) psicótico(a) que, em nome do Senhor, pode pegar uma faca e cortar o TEU pescoço. Gostaria?

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